Café de gente

—Adoro café. Quando vi meu pai ser exumado, com todo aquele líquido preto escorrendo do caixão, pensei logo num expresso sem açúcar—disse o louco, no manicômio, ao seu amigo.

—Credo, você precisa se tratar! Vamos fazer um trato? Você para com isso e eu prometo que venho te visitar todos os meses.

O maluco consentiu, mas não sem antes esclarecer:

—Desde que você prometa que, se for cremado, não vai deixar suas cinzas para os outros fazerem um cappuccino sem me convidarem!

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