Escritos de uma noite qualquer

O abismo dos meus olhos é como a imensidão dos sonhos perdidos no além. É como se houvesse em mim, não obstante à realidade, resquícios de vazios deixados pelo luar.

Apenas sinto-me, alheio ao teor da noite, encapsulado nas emoções de coisa nenhuma. Como se não existisse nada além da escuridão que me cerca.

Decerto, essa escuridão não é indissolúvel, mas totalmente profunda, como se tivesse enraizada na alma. Contudo, não é uma escuridão vazia e inconstante.

Contudo, os pensamentos vagueiam pela floresta de melancolia. E quando me sinto só, vejo-me em conexão ilusória com o vácuo o oceano. Escondo-me nas sombras das profundezas presentes na multidão.

Despeço-me de todos, num suspiro íngreme entre a fantasia e a realidade. Ciente de que nada sou além daquele ser solitário e cheio de sonhos, cuja obsessão de vencer será suficiente para conquistar seus objetivos.

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